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Escavações no Rio revelam calçada portuguesa do séc. XIX

Obras para a implementação do metro de superfície destapam vestígios do Brasil colonial

Recentes escavações para as obras de implementação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, ou seja, um metro de superfície) na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, revelaram fragmentos de uma calçada que pode ter sido construída no século XIX.

Os trechos que estão mais bem preservados serão retirados pelos responsáveis pela obra em parceria com uma empresa especializada em arqueologia, sob a supervisão do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional do Brasil. 

Todos os achados, independentemente do estado de conservação, estão a ser passados a scanner para que seja possível reconstituí-los digitalmente e criar maquetas em três dimensões. O objectivo é registar tudo o que for encontrado e retirar o material melhor preservado para, no futuro, expor os achados e o resultado do seu estudo ao público - como explica a coordenadora-geral do Programa Arqueológico VLT do Rio, Erika Gonzalez, ao jornal O Globo.


Erika acrescentou que uma equipa de historiadores está a trabalhar com a cartografia existente da época, e que o objectivo é descobrir exactamente a que construções pertenciam as pedras encontradas naquela que é uma das vias mais importantes da cidade, a Avenida Rio Branco, antiga Avenida Central. 

A coordenadora-geral do Programa Arqueológico VLT do Rio acredita que, por não terem o formato tão arrendondado, as pedras possam não ser do tipo calçada portuguesa (conhecida no Brasil por calçada pé de moleque), mas só com estudos complementares vai poder ter essa certeza.


Contudo, ao ver uma foto, o pesquisador João Baptista Ferreira de Mello deu uma opinião diferente: "Reparem o tamanho irregular das pedras, pequenas, médias e grandes. As pedras eram fixadas no chão dos nossos caminhos por dois escravos e uma mula", conta ao jornal O Globo, convicto de que as pedras apontam para a presença de vestígios de calçada portuguesa usada para revestir as vias públicas no Brasil nos séc. XVIII e XIX.


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