O arquitecto Álvaro Siza Vieira é o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano, acaba de anunciar a ministra da Cultura.
“Siza Vieira é uma das referências mais marcantes da arquitectura e da cultura contemporâneas”, realçou a ministra Gabriela Canavilhas, lembrando alguns dos galardões já ganhos pelo arquitecto.
No ano passado, o autor de obras como o pavilhão de Portugal na Expo-98, o Museu de Serralves e o projecto de renovação do Chiado, recebeu a medalha de Mérito Cultural do ministério agora tutelado por Canavilhas. O seu longo currículo de prémios inclui, por exemplo, em 1998, a medalha de ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madri e o prémio Prince of Wales da Harvard University, assim como o Prémio Pritzker em 1992, “considerado o maior prémio mundial de arquitectura”.
Siza Vieira recebe esta tarde, na Universidade Técnica de Lisboa, o grau de doutor honoris causa.
Para Gabriela Canavilhas, a escolha por unanimidade dos seis membros do júri do nome de Siza Vieira para o prémio Luso-Espanhol “é o reconhecimento público” da contribuição do arquitecto para o panorama artístico e cultural português.
O prémio, que vai já na terceira edição e que inclui um troféu de Fernanda Fragateiro e 75 mil suportados pelos Estados português e espanhol, será entregue na cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro.
Nas edições anteriores o galardão, que distingue uma personalidade que tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços culturais entre os dois países, foi entregue ao poeta e tradutor português José Bento em 2006 e em 2008 ao espanhol Perfecto Cuadrado, professor de Filologia Galega e Portuguesa na Universidade das Ilhas Baleares e tradutor de diversas obras portuguesas para castelhano, incluindo a de Fernando Pessoa.
O júri é este ano constituído, em representação do Estado português, pelo arquitecto Manuel Graça Dias, o escritor João de Melo e a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves, e pelo lado espanhol pela arquitecta Fuensanta Nieto, a jornalista Pilar del Río, e o jornalista José Manuel Diego Carcedo.
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