Portugal apresentou o programa para a exposição mundial, que abre portas em Outubro.
O pavilhão de Portugal na Expo Dubai 2020, evento que se inicia em 20
de Outubro, vai mostrar a arte do azulejo e a calçada portuguesa, tendo
uma programação dedicada à lusofonia, desde a morna ao fado.
Estes são algumas das linhas base sobre a futura presença portuguesa na Expo Dubai, que se prolongará por 173 dias
e que, na sua parte final, nos primeiros meses de 2021, coincidirá com
uma altura em que Portugal já assumirá a presidência da União Europeia.
"O pavilhão de Portugal é um convite para uma viagem pelo país,
durante a qual se salienta a nossa capacidade de acolhimento, de
inclusão e a nossa modernidade, a par de um legado histórico de
respeito”, afirmou o comissário-geral na exposição, Celso Guedes de
Carvalho, numa sessão que decorreu esta terça-feira no Pavilhão do
Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa, e que contou a com a
presença do primeiro-ministro, António Costa.
Celso Guedes de Carvalho referiu que o pavilhão de Portugal terá no piso superior um restaurante, assim como um terraço (um rooftop)
para espaço de “diplomacia económica”, e que apresentará uma
programação na qual se procurará mostrar o carácter universal do país,
com uma aposta na música lusófona, como o fado, a morna ou o samba.
Até
ao final da exposição, Portugal terá entre outros eventos especiais uma
semana dedicada à água e, em conjunto com a Espanha, uma semana
dedicada à inovação.
"É importante que o país seja redescoberto pelo mundo",
justificou o comissário-geral de Portugal na Expo Dubai 2020,
adiantando que a participação portuguesa nesta exposição universal
começou a ser preparada já há um ano e meio.
O comissariado nacional espera que, ao longo do evento, o pavilhão de Portugal, que terá um piso de entrada em calçada portuguesa e partes de paredes decoradas com azulejos, seja visitado por dois milhões de pessoas - número que foi atingido na última exposição universal em que o país participou, em Xangai, República Popular da China, em 2010.
Num breve discurso, o presidente da AICEP (Agência para o
Investimento e Comércio Externo de Portugal), Luís Castro Henriques,
considerou que a Expo Dubai 2020, que deverá receber cerca de 25 milhões
de visitantes, “é a montra perfeita para promover Portugal numa região
do mundo com grande potencial de crescimento”.
O secretário de
Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, completou que
este evento “é uma enorme oportunidade para Portugal partilhar a sua
visão sobre a resposta a problemas à escala global”, falando então na
“sustentabilidade e na mobilidade”.
“Julga-se que esta será a maior exposição universal de sempre.
Esta é também uma oportunidade para captarmos investimento directo
estrangeiro e posicionar as nossas empresas. Queremos competir no
mercado internacional pela tecnologia, pela inovação e pelo valor
acrescentado”, declarou Eurico Brilhante Dias, apontando, depois, que
Portugal apresenta taxas de crescimento nos mercados da península
arábica na ordem dos 10 por cento.
Eurico Brilhante Dias advertiu, no entanto, que presença portuguesa no Dubai “não se esgotará na sua dimensão económica”.
“Daremos
particular destaque às nossas dimensões científica, tecnológica e
cultural. Queremos mostrar aquilo que somos capazes de gerar”, afirmou.
O
pavilhão de Portugal para a Expo Dubai 2020 começou a ser construído
pela empresa Casais em Dezembro passado e a obra deverá estar concluída
no final de Agosto. O investimento - incluindo a concessão do edifício, a
construção, a sua manutenção e operação - deverá atingir os 21 milhões
de euros.
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